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Bilderberg um clube secreto governa o mundo


Γ‰ tudo muito discreto: quem atende o telefone do Clube Bilderberg, em Leiden, na Holanda, Γ© uma impessoal voz feminina que, apΓ³s repetir o nΓΊmero, sugere que a pessoa deixe uma mensagem apΓ³s o sinal. AlguΓ©m mais desavisado poderia atΓ© pensar que ligou por engano para uma residΓͺncia. Mas o que estΓ‘ por trΓ‘s do tal nΓΊmero de telefone vai muito alΓ©m disso: para muitos, o Clube Bilderberg Γ© omaestro oculto da polΓ­tica e da economia ocidental hΓ‘ mais de cinco dΓ©cadas. Todo o segredo que cerca suas atividades (nem portal na Internet ele tem) sΓ³ contribui para essa imagem.

Fundado em 1954 pelo prΓ­ncipe Bernhard, da Holanda, pelo primeiro-ministro belga Paul Van Zeeland, pelo conselheiro polΓ­tico Joseph Retinger e pelo presidente da multinacional Unilever na Γ©poca, o holandΓͺs Paul Rijkens, o Clube Bilderberg Γ© uma organização nΓ£o-oficial que nasceu supostamente para promover a "cooperação transatlΓ’ntica" e debater "assuntos relevantes em nΓ­vel mundial" - o que, em plena Guerra Fria, equivalia a discutir a ameaΓ§a comunista. O nome Bilderberg vem do hotel holandΓͺs que abrigou a primeira reuniΓ£o, em 1954. O sucesso desse evento convenceu os seus organizadores a realizΓ‘-lo anualmente, em algum paΓ­s europeu, nos Estados Unidos ou no CanadΓ‘.

Atualmente, os encontros do Clube reΓΊnem cerca de 120 personalidades europΓ©ias e norte-americanas influentes na polΓ­tica, na economia e na mΓ­dia. Eles ocorrem em hotΓ©is sofisticados e preferencialmente isolados, que sΓ£o fechados por ocasiΓ£o do evento.

Nesse perΓ­odo, um fortΓ­ssimo esquema de seguranΓ§a, a cargo de agentes norte-americanos e de vΓ‘rios outros paΓ­ses europeus, alΓ©m da polΓ­cia local, garante a privacidade dos participantes. A conferΓͺncia mais recente foi realizada no Ritz-Carlton de Istambul, na Turquia, entre os dias 31 de maio e 3 de junho.

O COMITÊ organizador das conferΓͺncias tem sido bastante criterioso nas suas seleçáes de convidados, como se pode constatar pelas listas disponΓ­veis. O polΓͺmico ex-secretΓ‘rio de Defesa norte-americano Donald Rumsfeld era nome habitual nos encontros, assim como Peter Sutherland (ex-diretor-geral da Organização Mundial do ComΓ©rcio, atual diretor-executivo da British Petroleum e da Goldman Sachs International e membro do comitΓͺ organizador do Bilderberg), Paul Wolfowitz (ex-subsecretΓ‘rio de Defesa do governo de George W. Bush e ex-presidente do Banco Mundial) e Henry Kissinger (ex-secretΓ‘rio de Estado norte-americano).

... ClΓ£ de seletos

Na pΓ‘gina oposta, o prΓ­ncipe Bernhard, da Holanda, um dos fundadores do Clube Bilderberg. Ao lado, no sentido horΓ‘rio, alguns dos nomes que jΓ‘ o integraram ou que ainda fazem parte dele: a rainha Beatrix, da Holanda; o bilionΓ‘rio David Rockefeller; Henry Kissinger, ex-secretΓ‘rio de Estado norte-americano; Donald Rumsfeld, ex-secretΓ‘rio de Defesa dos Estados Unidos; e Javier Solana, ex-secretΓ‘rio-geral da Otan.

Bill Clinton, Tony Blair, o ex-secretΓ‘rio- geral da Organização do Tratado do AtlΓ’ntico Norte (Otan) Javier Solana e os bilionΓ‘rios David Rockefeller e Bill Gates tambΓ©m jΓ‘ integraram essa exclusiva relação (veja no quadro alguns dos nomes convidados para a conferΓͺncia deste ano).

Ao reunir tanta riqueza e poder e zelar pela privacidade absoluta em seus eventos (nenhum participante
pode falar sobre o que viu e ouviu nos encontros), o Clube Bilderberg se tornou prato cheio para as teorias conspiratórias. Segundo elas, a organização manipula políticas nacionais e eleiçáes, provoca guerras e recessáes e chega a ordenar assassinatos e renúncias de líderes mundiais - como teria acontecido, respectivamente, com o presidente norte-americano John Kennedy e a primeira-ministra britÒnica Margaret Thatcher.

PARA MUITOS sΓ©rvios, o Bilderberg foi o responsΓ‘vel pela queda de Slobodan Milosevic. Fala-se ainda que trΓͺs famosos terroristas - Timothy McVeigh (responsΓ‘vel pelo atentado de Oklahoma City), David Copeland (um dos responsΓ‘veis pelo atentado ao metrΓ΄ de Londres) e Osama Bin Laden - tambΓ©m pensam que os governos nacionais danΓ§am conforme a mΓΊsica tocada pelo Clube.

O curioso é que o Bilderberg incomoda tanto conservadores quanto liberais. Para os primeiros, a organização é um plano sionista liberal. Para os outros, com tanto cacife e sigilo envolvidos, coisa boa não deve sair dali. "Quando tanta gente com tanto poder se reúne em um só lugar, acho que nos devem uma explicação sobre o que estÑ acontecendo", disse o exjornalista britÒnico Tony Gosling ao jornalista Jonathan Duffy, do BBC News Online Magazine ("Bilderberg: The Ultimate Conspiracy Theory", de 3 de junho de 2004).

Por mais verossΓ­meis ou DESCABELADAS que sejam, as ESPECULAÇÕES sobre a verdadeira ATUAÇÃO do Clube Bilderberg dificilmente poderΓ£o ser CONFIRMADAS ou refutadas

Segundo Gosling, o economista britΓ’nico Will Hutton, ex-participante das

... InfluΓͺncia

Na pΓ‘gina oposta, a ex-primeira-ministra britΓ’nica Margaret Thatcher, possΓ­vel vΓ­tima do Clube; Bill Gates jΓ‘ teria participado das reuniΓ΅es secretas; e o terrorista Osama Bin Laden, que acredita no poder de decisΓ£o do Bilderberg.

conferΓͺncias do Bilderberg, comparou o evento ao encontro anual do FΓ³rum EconΓ΄mico Mundial, no qual "o consenso estabelecido Γ© o pano de fundo contra o qual a polΓ­tica Γ© feita em nΓ­vel mundial". Gosling exemplificou os perigos desse "consenso": "Um dos primeiros lugares onde ouvi sobre a determinação de as forΓ§as norte-americanas atacarem o Iraque foi no encontro de 2002 do Bilderberg, graΓ§as a um vazamento de informação."

Os organizadores se defendem. Para o belga Γ‰tienne Davignon, exvice- presidente da ComissΓ£o EuropΓ©ia, vice-presidente da multinacional francesa Suez-Tractebel e atual presidente da conferΓͺncia do Clube Bilderberg, Γ© impossΓ­vel pensar em comando mundial ΓΊnico.

"NΓ£o creio numa classe governante global porque nΓ£o creio que tal classe exista", disse ele ao jornalista da BBC Bill Hayton ("Inside the secretive Bilderberg Group", de 29 de setembro de 2005). "Apenas penso que sΓ£o pessoas influentes interessadas em conversar com outras pessoas influentes."

O jornalista Martin Wolf, do diΓ‘rio inglΓͺs Financial Times, que foi convidado para alguns encontros, tambΓ©m pensa que nΓ£o hΓ‘ fogo atrΓ‘s dessa fumaΓ§a: "A idΓ©ia de que tais eventos nΓ£o podem ser realizados na privacidade Γ© fundamentalmente totalitΓ‘ria", disse a Duffy. "NΓ£o Γ© um organismo executivo. Nenhuma decisΓ£o Γ© tomada lΓ‘."

O EX-CHANCELER britΓ’nico Denis Healey, uma das presenΓ§as de primeira hora das conferΓͺncias do Clube Bilderberg, tambΓ©m minimizou as crΓ­ticas: "Nunca procuramos atingir um consenso sobre os grandes temas nas conferΓͺncias", disse a Duffy.

"Γ‰ simplesmente um lugar para discussΓ΅es." Healey Γ© sΓ³ elogios ao Clube: "O Bilderberg Γ© o grupo internacional mais ΓΊtil do qual participei. A confidencialidade permite Γ s pessoas falarem honestamente, sem medo das repercussΓ΅es", acrescentou ele.

Por mais verossímeis ou descabeladas que sejam, as especulaçáes sobre a verdadeira atuação do Clube Bilderberg dificilmente poderão ser confirmadas - ou refutadas - por completo. Elas, aliÑs, não surpreendem o pesquisador britÒnico Alasdair Spark, especialista em teorias conspiratórias ouvido por Duffy.

"A idΓ©ia de que uma panelinha sombria estΓ‘ mandando em todo o mundo nΓ£o Γ© nada nova", comentou Duffy. "Por centenas de anos as pessoas acreditaram que o mundo Γ© governado por um grupo de judeus. NΓ£o deverΓ­amos esperar que os ricos e poderosos organizassem as coisas em seu prΓ³prio interesse? Isso Γ© chamado de capitalismo."

Lista seleta

Os 20 nomes relacionados a seguir, convidados pelo Clube Bilderberg para a conferΓͺncia deste ano em Istambul, sΓ£o uma amostra da elite ocidental reunida pela organização.

✧ Rainha Beatriz, da Holanda.

✧ Lloyd Blankfein, presidente e chefe-executivo do banco Goldman Sachs.

✧ Paul Gigot, editor da pÑgina de editoriais do Wall Street Journal.

✧ Jaap de Hoop Scheffer, secretÑrio-geral da Organização do Tratado do AtlÒntico Norte.

✧ Rei Juan Carlos I, da Espanha.

✧ Muhtar Kent, presidente e diretor de operaçáes da Coca-Cola.

✧ Henry Kissinger, ex-secretÑrio do ex-presidente Richard Nixon e atual presidente da Kissinger Associates.

✧ Klaus Kleinfeld, presidente da Siemens.

✧ John Mickletwait, editor do The Economist.

✧ Jorma Ollila, chairman da Nokia e da Shell.

✧ Príncipe Philippe, da Bélgica

✧ Eric Schmidt, presidente e chefe-executivo do Google.

✧ Klaus Schwab, presidenteexecutivo do Fórum Econômico Mundial

✧ Javier Solana, secretÑrio-geral do Conselho da União Européia.

✧ Michael Tilmant, presidente do ING Group.

✧ Jean-Claude Trichet, presidente do Banco Central Europeu.

✧ Daniel Vasella, presidente e chefe-executivo da Novartis.

✧ Jeroen van der Veer, chefeexecutivo da Shell.

✧ Paul Wolfowitz, presidente do Banco Mundial.

✧ Robert Zoellick (na Γ©poca, executivo do Goldman Sachs. Assumiu a presidΓͺncia do Banco Mundial em julho).

Fonte: http://revistaplaneta.terra.com.br/

LΓΊcio Soares

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