Retrato gigante de criança no Paquistão lembra mortos por drones dos EUA


Com o objetivo de chamar a atenção para a enorme quantidade de ataques com drones realizados pelos EUA no Paquistão, um pôster gigante com o rosto de uma criança foi instalado por um grupo de artistas na região noroeste do país, uma das mais atingidas.

A ideia dos criadores da instalação é fazer com que os operadores de drones tenham, da tela digital da qual disparam seus mísseis, a real dimensão do que estão executando: "não é um pontinho anônimo na paisagem, mas o rosto de uma criança vítima e inocente".

O projeto foi batizado de "Not a Bug Splat", em referência ao termo usado pelos próprios militares norte-americanos ao se referirem aos civis mortos em ataques. Conforme relatado pela revista Rolling Stone, o Exército descreve as "casualidades" como "bug splat" (algo como "inseto esmagado", em tradução livre) já que "ver um corpo no monitor verde acinzentado dá a impressão de um inseto sendo amassado".

O nome da criança que estampa a campanha é desconhecido, mas, de acordo com a entidade que promove a campanha, o pai, a mãe e dois irmãos pequenos da menina foram mortos em ataques com drones em Khyber Pukhtoonkhwa, região em que mais de 200 crianças já morreram vítimas de bombardeios, segundo estimativas.
Em mais um ataque de drones norte americanos o mundo se depara com uma verdadeira displicência e descaso das nações unidas a ONU que mais uma vez nada fez, afinal de contas os drones não foi de um país emergente! Se trata do seu maior aliado os Estados Unidos que sempre lidera as reuniões da cúpula dos países ricos. Aqueles que fazem parte do eixo da Nova ordem lembram! É um teatro todos os seus encontros fingem de amigos do mundo para justificar as suas ações mortais em todos os demais países que lhe interessam algo como sempre para justificar todas as suas ações...O problema não é o povo norte americano mais o seu governantes prepotentes e arrogantes que fazem tudo sem qualquer restrição no mundo.
Ferramenta da Guerra ao Terror

Os bombardeios com aviões não-tripulados são uma das principais ferramentas norte-americanas na chamada Guerra ao Terror, empreendida após os atentados de 11 de Setembro de 2001. O programa de drones começou em 2004 sob o governo George W. Bush, mas ganhou força com a chegada de Obama à Casa Branca.


"Não é um "inseto esmagado": projeto quer fazer com que operadores de drones pensem duas vezes antes de disparar

A região noroeste do Paquistão é o alvo majoritário dos ataques. Na área, próxima à fronteira com o Afeganistão, predominam forças tribais acusadas de colaborar com o talibã e organizações terroristas. O assunto causa polêmica no país.

Oficialmente, o governo paquistanês mantém um acordo tácito com os EUA permitindo que os ataques (ou, pelo menos, alguns deles) sejam realizados. No entanto, Islamabad tem vindo a público para condenar a prática norte-americana e a constante quebra de soberania.

Embora os EUA digam repetidas vezes que os bombardeios com drones sejam a mais eficaz das armas usadas no combate à Al Qaeda, há estudos que mostram o contrário. Crianças paquistanesas ao lado da instalação artística; estima-se que mais de 200 já tenham morrido na região.

Um levantamento que pode ser visto no gráfico interativo "Out of Sight, Out of Mind" mostra que dos mais de 3 mil mortos contabilizados pelo projeto desde 2004, apenas em 1,5% dos casos houve confirmação de ligações com atividades terroristas.

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