Os ricos estão se afastando da política, o que coincide com o atual desencanto do eleitor


O cientista político Leôncio Martins Rodrigues verificou a existência de um processo de popularização da política no país ao comparar o patrimônio declarado por deputados federais nas quatro últimas legislaturas, o que corresponde aos eleitos desde 1998 a 2010 – em outubro próximo será eleita outra legislatura.

Professor aposentado, Ro­dri­gues constatou que a saída dos ricos abre espaço ao recrutamento de políticos mais na classe média do que entre trabalhadores. Uma das razões da mudança seria o encarecimento das campanhas, o que afastaria pessoas do auto financiamento de candidaturas. Com isso, abre espaço a candidatos apoiados por entidades como sindicatos, igrejas e ONGs.
Tem muito sentido o que o professor comentou em seu artigo acredito que os ricos não são mais os candidatos mas sim os patrocinadores de candidatos tidos como populares e de boa lábia para enganar os eleitores, os ricos agora não se atrevem a mostrar a cara não querem se expor o negocio agora é patrocinar e lucrar ainda mais...nós podemos constatar isso em nossa cidade esse tipo de manobra politica é uma especie de laranja o candidato do tipo que ler um texto na propaganda de TV ou seja um semi analfabeto se prostrando como politico o que não foge do perfil de nossos ilustres políticos brasileiros...Sem qualquer tipo de instrução suficiente para idealizar se quer um plano politico de governo para apresentar! Na ditadura analfabeto não votava, Na democracia analfabeto pode votar e vender o voto pela simples necessidade de sobreviver...viva o eterno bolsa família...Pobre Brasil onde ser patriota é torcer em frente da TV na Globo monopolista e manipuladora para uma seleção de futebol...enquanto seus pobres filhos suplicam por educação e saúde em filas quilométricas do SUS...Meu Brasil precisa acordar! Vamos levantar e lutar em berço esplêndido sem armas de fogo apenas com o voto podemos mudar ou piorar! acorda Brasil...!
Verificou que, em 1998, por exemplo, os empresários ocuparam 45% das cadeiras da Câmara. Doze anos depois, a porcentagem caiu para 37. O rodízio de classes no parlamento seria também uma decorrência, segundo Rodrigues, da modernização das sociedades pela massificação geral do planeta.

Porém, como o trabalho de Rodrigues abrangeu patrimônios declarados, o autor admite a existência de distorção em seu levantamento por autodeclarações com a subestimação de valores. Além disso, são comuns os políticos que aumentam a riqueza pessoal no exercício de mandato. Entram mais pobres e saem mais ricos.

A pesquisa de Rodrigues foi publicada em “Pobres e ricos na luta pelo poder”, livro recém-lançado pela Topbooks. É interessante a circunstância de que o trabalho do cientista político revela uma coincidência entre a mudança no perfil dos políticos com o crescimento do desencanto de eleitores apurado em pesquisas de opinião do Datafolha.

Nas ultimas eleições presidenciais o desinteresse dos eleitores cresceu quanto maior nível de riqueza, educação e informação entre eles. O desencanto se revela em votos em branco ou nulo e, significativamente, entre os adeptos do voto facultativo. A oposição ao voto obrigatório aumenta conforme aquela mesma escala de esclarecimento – a elite, digamos, dos eleitores.

O cruzamento entre pesquisas do Datafolha a sobre eleições presidenciais permite a conclusão de que o voto facultativo seduz àquela elite mais do que à massa popular, além de prejudicar mais a oposição do que ao governo. Torna-se desconcertante o fato de que o desencanto tem a ver com corrupção e má gestão, mas quem se desinteressa pelo voto é o eleitor esclarecido.

Sobre perdas da oposição, o Datafolha apurou em maio que, se o voto não fosse obrigatório, 43% dos eleitores da presidente Dilma Rousseff deixariam de votar nela. Aécio Neves (PSDB) perderia 58% de seus eleitores. Eduardo Campos (PSB) seria abandonado por 62% dos seus.

Fonte: http://www.jornalopcao.com.br/

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