Não importa se você acredita ou não nos verdinhos: no IV Encontro de Ufologia Avançada de São Paulo, tinha muita gente discutindo o que querem e para onde vão os ETs
por Rafael Gonzaga
Enquanto você estava em casa curtindo o fim de semana, tinha uma galera empenhada em desvendar os mistérios ocultos da vida extraterrestre que habita entre nós. Nos dias 29 e 30 de agosto, cerca de 350 pessoas de todos os cantos do país se reuniram no IV Encontro de Ufologia Avançada de São Paulo. Para o evento, estavam confirmados 16 palestrantes, inclusive de fora do país, para discutir temas como discos voadores, pirâmides na Amazônia, pesquisas governamentais sobre UFOs e casos de xamanismo. O endereço onde a galera se reuniu para debater o significado das marcas alienígenas no milharal alheio foi o bairro de Mirandópolis, próxima à Vila Mariana. O local escolhido para sediar o evento era uma casa simples, com fachada azul e branca, onde normalmente funciona um centro espírita chamado Casa do Consolador. Colamos lá para descobrir um pouquinho mais sobre nossos primos de outros planetas – ou outras dimensões.
Apesar de a ufologia não ser reconhecida pelos órgãos oficiais como um exercício de caráter científico (os pressupostos nos quais ela está baseada são considerados altamente especulativos pela maioria), muita gente se dedica a discutir o assunto. De acordo com a psicanalista Margarete Áquila, presidente da Casa do Consolador, as pessoas vão a encontros deste tipo por motivações psíquicas, científicas ou até mesmo espirituais. “Tem muita gente que tem interesse por já ter passado por algum tipo de contato ou imaginar ter passado. O Brasil é um dos maiores pólos ufológicos do mundo. Em São Paulo ainda está crescendo, mas Rio de Janeiro, Bahia, Brasília, Goiás, Curitiba, Porto Alegre e Foz do Iguaçu são lugares onde acontecem muitos estudos”, contou.
A psicanalista Margarete Áquila falou um pouco sobre o cenário ufológico brasileiro. (Foto: Felipe Cotrim) |
Juliano Pozati, durante palestra dele no evento. (Foto: Felipe Cotrim) |
Mônica de Medeiros relacionou xamanismo e ufologia. (Foto: Felipe Cotrim) |
Para que os caras me abduziram?
A psicanalista e hipnóloga contou que existem diversas teorias sobre os motivos que levam os ETs a laçarem pessoas com suas navezinhas. Alguns acreditam que os caras querem roubar o planeta para eles. Outros confiam na hipótese de que o propósito é o de furtar matéria-prima mineral. Há também os que creem na hipótese de testes de laboratório. Para Áquila, a mais provável é a que ela chama de semear vida no universo. “Há milhões de anos temos mesclagem de DNA. Nós vemos muitas pessoas sofrendo abduções e tendo filhos com extraterrestres. O motivo está na nossa árvore filogenética, nós temos um DNA altamente rico, mesclado e compatível com muitas raças”, contou.
Quais os sinais de que fui abduzido?
Está na dúvida se rolou um passeio pelo espaço sideral? Áquila explica que as abduções, às vezes, passam por problemas técnicos. Ou seja, os ETs podem devolver as pessoas no lugar errado, com a roupa do lado avesso, etc. “Você dorme na sala e acorda no quarto, sem nem ser sonâmbulo. Você está dirigindo indo no sentido de São Paulo e quando se dá conta está indo para Goiânia. Você está no seu carro maravilhoso e, de repente, está em uma Brasília amarela. Pois é, esses são fatos que já aconteceram na ufologia”, enumerou. Mas podem rolar várias outros efeitos colaterais que te ajudam a saber se passou pelo suposto fenômeno. “Perda de função motora, por conta de hipnose à distância. Acordar com cicatrizes ou manchas no corpo. Acordar com curas inexplicáveis ou com problemas físicos que não existiam antes. Luzes e flashs no quarto ou no céu são vistos logo antes de acontecer uma abdução. Sensações nos genitais quando se acorda. Sentir seres mais próximos com olhos te vigiando. Sensações estranhas na face, na orelha e atrás dos olhos, onde normalmente eles colocam os chips. Alguém aqui tem mais de 15% desses sintomas?”, perguntou. Quase ninguém levantou a mão: havia pouca gente abduzida por lá, aparentemente.
Como saber se quem me abduziu é bom ou mau?
Para Áquila, a resposta está no próprio abduzido. Segundo ela, uma grande preocupação da galera é saber se a invocação foi feita por um alien do lado luminoso ou negro da força. “De todos os estudos que eu já fiz sobre ufologia e consciência, acabo notando que o nível de consciência ética é um grande termômetro para saber que tipo de contato estamos tendo. Eu não vi pessoas que eu admiro falando de processos de abduções traumatizantes porque eles têm um nível ético muito mais desenvolvido”, explicou.
A galera de olho nas movimentações suspeitas no céu de São Paulo. (Foto: Felipe Cotrim) |
E quem sou eu para discordar?
Fonte: http://elastica.abril.com.br/
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