𝕺𝖑𝖍𝖔 𝕾𝖔𝖑𝖎𝖙𝖆𝖗𝖎𝖔

Jovens norte-coreanos já não querem cumprir o serviço militar


Uma boa noticia para o mundo, pois só a família de um soldado sabe a dor da perda de um membro da família. Levantar uma arma em nome de um governo que nos ensina a matar uns aos outro sem duvida não a melhor obra a se realizar na vida, os jovens morrem em campos de guerra enquanto os ricos políticos dormem tranquilos em suas mansões construídas de sangue, corrupção e soberba torcemos que esse comportamento se torne cada vez mais forte na Coreia do Norte.
A Coreia do Norte é uma das sociedades mais militarizadas do planeta. O próprio governo desse país não esconde essa realidade.

O rumo político de Pyongyang tem o nome oficial de “política de primazia do exército”. No exército da Coreia do Norte o serviço militar é cumprido pela esmagadora maioria dos indivíduos do sexo masculino e o tempo de serviço é de 10 anos. Pelo seu peso específico dos militares na população, a Coreia do Norte está aproximadamente ao nível da União Soviética e da Alemanha dos anos 1942-43.

Contudo, na última década começou a despontar uma nova tendência – os jovens norte-coreanos têm ido cumprir o serviço militar com muito menos entusiasmo.

À primeira vista deveria parecer que os norte-coreanos, na sua maioria, não deveriam ficar muito entusiasmados com a perspectiva de cumprirem dez anos de serviço militar. Mas na prática isso não era assim até há pouco tempo: durante décadas a maioria dos homens norte-coreanos ansiava pelo serviço militar. Isso era sobretudo aplicável aos filhos de famílias que, do ponto de vista oficial da Coreia do Norte, não eram totalmente de confiança. Os descendentes das famílias politicamente mais suspeitas nem sequer eram admitidos no exército norte-coreano. Mas a maioria dos que tinham hipóteses de ser incorporados nas fileiras das forças armadas ansiavam-no sinceramente.

A questão não era o patriotismo ou a visão romântica do serviço militar, se bem que esses fatores também tivessem influência em alguns casos. Na sua maioria as razões eram de ordem prática: para a maioria dos norte-coreanos o exército abria perspectivas de carreira, era um instrumento de promoção social, praticamente o único na Coreia do Norte de Kim Il-sung.

Se uma pessoa ao longo do seu serviço militar fosse cumpridora e consciente poderia, no fim do serviço, entrar para o Partido dos Trabalhadores da Coreia. Só por si, ser membro do partido nunca atribuiu qualquer privilégio. Pelo contrário, os membros do partido eram obrigados a ser ativistas sociais e isso ocupava-lhes bastante tempo. Mas ser membro do partido era uma condição indispensável para qualquer carreira com um mínimo de sucesso.

Por isso, todos os que aspiravam a uma carreira tentavam entrar para o partido. Para uma pessoa de uma camada baixa da população possuir a carteira de militante era uma condição obrigatória para uma evolução na carreira, e o serviço militar foi ao longo de muitos anos a forma mais fácil e segura de se entrar para o partido.

Neste momento a situação se alterou. Continua a ser fácil entrar para o partido no exército, mas a juventude norte-coreana está agora menos entusiasmada em receber a cédula de militante. O problema é o serviço público ter perdido, nos últimos 15 a 20 anos, muita de seu atrativo. Apesar de as pessoas de famílias da elite continuarem a aspirar a uma carreira oficial, já as pessoas de camadas mais baixas da população têm na economia de mercado perspectivas muito mais atraentes para obter promoção social e bem-estar material.
 Em vez de se alistar no exército, perdendo aí 10 anos de vida correndo pelas montanhas com um fuzil e uma mochila, um jovem de uma família modesta ou politicamente duvidosa poderá se dedicar à sua própria atividade econômica. Como resultado, e com alguma sorte, ele poderá obter em 5-10 anos o mesmo nível de rendimentos da maioria dos funcionários públicos de nível intermédio.

Nessas condições, não é de admirar que, desde o final dos anos 90, a popularidade do serviço militar tenha decrescido. Ela em geral continua a ser bastante elevada, e a entrada para o partido continua sendo considerada um passo muito acertado para a carreira, mas os tempos estão mudando. A economia de mercado oferecem à juventude norte-coreana muito mais oportunidades.


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