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Cientistas criam mapa de resistΓͺncia humana ao HIV

Um grupo de pesquisadores suΓ­Γ§os elaborou o primeiro mapa de resistΓͺncia humana ao vΓ­rus da aids, que mostra a forma como o corpo luta naturalmente contra a doenΓ§a, o que poderΓ‘ permitir a criação de tratamentos personalizados.

Cientistas da Escola Politécnica de Lausanne e do Hospital UniversitÑrio do Cantão de Vaud, na Suíça, publicaram nesta terça-feira, 29, os resultados do estudo conjunto sobre a doença na revista elife.
Por meio do estudo, os cientistas verificaram mutaçáes genéticas específicas e puderam reconhecer as variaçáes registradas em algumas pessoas mais resistentes ao vírus e em outras mais vulnerÑveis, informação que poderÑ ser utilizada na criação de tratamentos individualizados.

Com a ajuda de um computador potente, os investigadores cruzaram mais de 3 mil mutaçáes no genoma humano do vírus com mais de 6 milháes de variaçáes do genoma de 1.071 pessoas soropositivas.

Um dos investigadores, Jacques Fellay, disse que o corpo humano desenvolve sempre estratégias de defesa contra o HIV mas, infelizmente, o "genoma do vírus muda rapidamente devido a milháes de mutaçáes por dia", o que dificulta a tarefa de lutar contra ele.

De acordo com os autores do estudo, o trabalho permitiu uma visΓ£o mais completa dos genes humanos e da resistΓͺncia imunolΓ³gica ao vΓ­rus, o que poderΓ‘ gerar novas terapias inspiradas nas defesas genΓ©ticas naturais do corpo humano.

 HIV: saiba mais sobre o vΓ­rus da Aids

Estima-se que 1,8 milhΓ΅es de pessoas sΓ£o portadoras do vΓ­rus HIV e que um terΓ§o delas vive no Brasil. Ele pode ser transmitido pelo sangue (ex: relação sexual, agulhas e transfusΓ£o) ou pelo leite materno. Os portadores do vΓ­rus podem apresentar deficiΓͺncia de nutrientes como zinco, selΓͺnio, vitaminas A, B6 e B12, ou seja, vitaminas e minerais essenciais para o bom funcionamento do sistema imune. AlΓ©m do tratamento com os antiretrovirais a nutrição pode auxiliar na redução e na frequΓͺncia das manifestaçáes clΓ­nicas.

 Alguns estudos jΓ‘ foram publicados utilizando fermentados contendo as vitaminas e minerais acima, mais fibras, demonstrando uma melhora de imunidade e de perfil lipidico dos pacientes soropositivos.

Em 2010 um estudo publicado na Nature descobriu que a presença do gene HLA B57 fazia com que o organismo produzisse mais linfócitos T essenciais para o combate contra infecçáes. A partir daí, esse ano jÑ houve promessas de uma possível vacina que auxiliasse na melhora da imunidade dos pacientes. Mais estudos estão sendo feitos para que isso seja possível e quem sabe a cura para a doença esteja perto de ser encontrada.

A prevenção mais utilizada contra a Aids Γ© a camisinha, que tem eficΓ‘cia entre 90-95%. Outros meios de prevenção sΓ£o: redução do nΓΊmero de parceiros sexuais, tratar DSTs se houver, nΓ£o compartilhar agulhas e seringas, exigir material descartΓ‘vel ao coletar sangue, se for mulher HIV-positiva evitar a gravidez e caso ocorra tomar os antirretrovirais. SΓ£o comuns nesses indivΓ­duos alteraçáes no perfil lipΓ­dico e glicΓͺmico aumentando a incidΓͺncia de obesidade, doenΓ§as cardiovasculares e diabetes.

Uma ingestΓ£o insuficiente de nutrientes nesses pacientes afeta diretamente sua resposta ao tratamento. A nutrição tem como objetivos minimizar a perda de peso corporal, de massa magra, a imunossupressΓ£o e a ocorrΓͺncia de doenΓ§as oportunistas. Alimentos ricos em vitaminas e minerais anti-inflamatΓ³rios e antioxidantes sΓ£o essenciais para a melhora do quadro inflamatΓ³rio e do estresse oxidativo. Frutas vermelhas, peixes, cereais como linhaΓ§a e chia, azeite extra virgem, crucΓ­feros e legumes contΓ©m substΓ’ncias como flavonoides, fibras, Γ΄megas e outros ativos que contribuem para a melhora do quadro nutricional dos pacientes.

 Alguns estudos apontam que mudanΓ§as nos hΓ‘bitos alimentares e a prΓ‘tica de atividade fΓ­sica sΓ£o importantes para que alguns resultados positivos sejam alcanΓ§ados. Intervençáes nutricionais e mudanΓ§as no estilo de vida auxiliam na melhora da imagem corporal e consequentemente da auto-estima aumentando a adesΓ£o Γ  terapia antirretroviral.

 Atividade fΓ­sica

Conforme a doença vai avançando, os pacientes apresentam uma perda significativa de massa magra, o que aumenta significativamente a força e estimativa de hipertrofia muscular, além de redução de gordura corporal, perímetro da cintura e glicemia de jejum. Eles ressaltam que esse resultado só é possível em conjunto com uma nutrição adequada para que haja a síntese proteica.

O exercΓ­cio fΓ­sico pode aumentar o estresse oxidativo se realizado de forma muito intensa. Entretanto, os pesquisadores sugerem a atividade fΓ­sica de leve a moderada, aumenta tambΓ©m a capacidade antioxidante do organismo (CAT, GPx e SOD) trabalhando em conjunto com uma alimentação rica nesses nutrientes e com a terapia anti retroviral. Sugere-se que mais estudos sejam realizados para uma comprovação final desses benefΓ­cios. Para o tratamento adequado hΓ‘ a necessidade do acompanhamento mΓ©dico, nutricional e de um educador fΓ­sico.  


LΓΊcio Soares

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