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De Anna Economou
Um debate aceso eclodiu entre os egiptólogos depois de investigadores terem afirmado ter encontrado uma "cidade subterrânea" por baixo das Pirâmides de Gizé. A descoberta, baseada em imagens de radar, é inovadora ou um exagero?
Investigadores italianos, liderados por Corrado Malanga, da Universidade de Pisa, dizem ter descoberto uma vasta rede subterrânea debaixo das pirâmides do Egito.
A verdade que só agora esta se permitindo ver tais revelações, a humanidade precisa se abrir para o novo e principalmente saber lidar com a verdade que foi ocultada de todos nós.
Afirmam que as imagens de radar mostram enormes poços verticais, escadas em espiral, canais que se assemelham a condutas para um sistema de água e um mundo oculto de estruturas a mais de 610 metros abaixo da superfície. Sugerem mesmo que a lendária Sala dos Registos, uma suposta biblioteca ligada à tradição egípcia antiga, poderá estar dentro deste complexo subterrâneo.
"Quando ampliarmos as imagens [no futuro], revelaremos que, por baixo, se encontra o que só pode ser descrito como uma verdadeira cidade subterrânea", disse a equipa numa conferência de imprensa.
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Uma representação das estruturas e do sistema de água que os investigadores acreditam ter encontrado.OmniCore Tech / Facebook |
Mas nem todos os especialistas estão convencidos. Lawrence Conyers, especialista em radares da Universidade de Denver, considerou as afirmações um "enorme exagero", afirmando que a tecnologia utilizada - impulsos de radar de um satélite, semelhante ao radar sonar utilizado para mapear o oceano - não poderia penetrar tão profundamente na terra.
Em declarações ao Daily Mail, o investigador pôs em dúvida a ideia de uma cidade subterrânea, mas reconheceu que podem existir estruturas mais pequenas por baixo das pirâmides, sublinhando que "os Maias e outros povos da antiga Mesoamérica construíam frequentemente pirâmides em cima das entradas de grutas ou cavernas que tinham um significado cerimonial para eles".
Na mesma linha, o arqueólogo egípcio Zahi Hawass disse ao The National que os investigadores estavam "completamente errados" e argumentou que a sua suposta descoberta carece de qualquer base científica.
O trabalho de Malanga e dos seus colegas Filippo Biondi e Armando Mei foi discutido durante uma sessão de informação em Itália na semana passada, mas as descobertas dos cientistas ainda não foram publicadas numa revista especializada.
A equipe concentrou-se na pirâmide de Khafre, uma das três pirâmides do complexo de Gizé, juntamente com as pirâmides de Khufu e Menkaure. Estas estruturas icónicas terão sido construídas há cerca de 4500 anos e estão situadas na margem ocidental do Nilo, no norte do Egito.
Fonte: https://pt.euronews.com